Por vezes a mão que consola...

Por vezes a mão que consola...

Suspende o grito mas não o choro

oh o choro da alma em chama

e desperta, gume sempre

à mão: por vezes no fio da dessaborada intolerância

outras nem tanto o que de alívio fica

do que nos vai morrendo. Choro

de sabedoria oculta, choro de aturdida esperança

na forma de continentes a pulsar branda

de emoção que perdura no tempo.

Cá dentro existem ilhotas: Infinitas

com pequenas asas em voo. Gestos breves de afeição.

Rios doces a polir pedras, íntimas a suster

a própria respiração.

Choro inquieto e desassossegado

Clamando pela mão que consola.

Brisa Solitaria
Enviado por Brisa Solitaria em 16/12/2011
Código do texto: T3392216
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.