Por vezes a mão que consola...
Por vezes a mão que consola...
Suspende o grito mas não o choro
oh o choro da alma em chama
e desperta, gume sempre
à mão: por vezes no fio da dessaborada intolerância
outras nem tanto o que de alívio fica
do que nos vai morrendo. Choro
de sabedoria oculta, choro de aturdida esperança
na forma de continentes a pulsar branda
de emoção que perdura no tempo.
Cá dentro existem ilhotas: Infinitas
com pequenas asas em voo. Gestos breves de afeição.
Rios doces a polir pedras, íntimas a suster
a própria respiração.
Choro inquieto e desassossegado
Clamando pela mão que consola.