A Paz Errante das Madrugadas
A Paz errante das madrugadas
orla os homens que cedo se libertam
na sua iniciática erupção,
e as aves no seu voo de liberdade
abrem asas para dos céus flutuarem em todas as casas
pérolas que se expandem com as rosas do universo.
Jorra um clarão das janelas do meu corpo,
incendeia de cores o espelho que me olha,
fustigo a realidade que são as dores do sonho,
embalo destinos fluorcentes
de quem passou a vida lutando
e ilumino a coragem de me reunificar à minha semelhança.
O sol cai quando a sombra brilha,
deslumbrado salpica o sono
que ri nos braços do silêncio.
O sol cai sobre os homens,
unge-os a atmosfera que os envolve
a criação que os alenta, a ilusão que os abafa
e sempre as mesmas pedras para as atirar à vida.
Esta é a minha súplica! Ditada na emoção
de tudo aquilo que o divino alcança
para que a claridade da existência alastre
no bem no qual tudo cresce e se descobre.
Brisa Solitária