A Paz Errante das Madrugadas

A Paz errante das madrugadas

orla os homens que cedo se libertam

na sua iniciática erupção,

e as aves no seu voo de liberdade

abrem asas para dos céus flutuarem em todas as casas

pérolas que se expandem com as rosas do universo.

Jorra um clarão das janelas do meu corpo,

incendeia de cores o espelho que me olha,

fustigo a realidade que são as dores do sonho,

embalo destinos fluorcentes

de quem passou a vida lutando

e ilumino a coragem de me reunificar à minha semelhança.

O sol cai quando a sombra brilha,

deslumbrado salpica o sono

que ri nos braços do silêncio.

O sol cai sobre os homens,

unge-os a atmosfera que os envolve

a criação que os alenta, a ilusão que os abafa

e sempre as mesmas pedras para as atirar à vida.

Esta é a minha súplica! Ditada na emoção

de tudo aquilo que o divino alcança

para que a claridade da existência alastre

no bem no qual tudo cresce e se descobre.

Brisa Solitária

Brisa Solitaria
Enviado por Brisa Solitaria em 14/12/2011
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