Viver

Viver

Uma noite de angústia

Será bem fácil vencer,

Se fechares bem os olhos

E fingires que não vê.

Há sempre alguém

Que não cansa

De a discórdia trazer

Vive à margem da esperança

Não conheceu a união

Foi gerado no umbral

De uma atroz perdição.

Mesmo quando se tem

Verdadeira alegria,

Para um algoz irascível

Perde-se a luz da razão

Tendo os olhos obtusos

E cabeça no chão.

Ser distinto para os homens

Ser igual aos meninos

Procurar a harmonia

Converter os maus destinos

Transformar trevas em Luz

Sem procurar desatinos.

Es aí a sorte boa

E a razão do bem-viver

Engendrar vida à toa

Sem esquecer de morrer.

A planta nasce e carece

De outra semente crescer.

A vida do homem é tudo

E não se pode esquecer

Atrás da felicidade

Corremos sempre em obtuso.

Ser feliz é ter na alma

A calma da prontidão

Saber esperar a noite

De dia a escuridão

Tem passos bem definidos

Andar com convicção.

Evan do Carmo

Brasília 06/01/2007

Evan do Carmo
Enviado por Evan do Carmo em 06/01/2007
Reeditado em 24/11/2008
Código do texto: T338748