Não queira entender as açucenas...

Deixo o sonho seguir, enquanto observo o entardecer desfazendo-se na memória do dia.

E entrego-me às visões que desfilam como sombras vivas, resmungando lembranças antigas...não tão antigas...não só lembranças, sentidos ainda pulsantes, sensações...

Deixo-me seguir como água da fonte, fluindo e escorrendo entre os dedos da saudade...ou

Deixo-me ficar assim, imovel como as açucenas desmaiadas sem o sopro do vento...(como são azuis minhas açucenas !!... )

Deixo-me despertar lentamente no sussuro suave e morno das imagens voltando qual borboletas multicores....

E volteiam pelos altos penhascos além do mar...

Além da linha do querer...

Além da linha do poder...

Além de minhas mãos estendidas... além... e voltam... sempre voltam...

Descortinando e revelando as entranhas dos mistérios escondidos... lá, onde nascem as açucenas...( azuis )

Onde a brisa ouviu os primeiros suspiros...

O primeiro tremor de vulcão, arrepiando os ventos do sul e do norte... ( Etna ?... )

O primeiro projeto de sonho...

O primeiro segredo sussurado...( és impulsiva... me segreda ? )

O primeiro cometa em flexa a cortar o céu de amores-perfeitos...

A primeira promessa confiada aos corais do cais...

E... o raio que desprendendo-se das mãos do sol, explodiu em mil beijos numa primeira noite de amor.

Lá ...onde o Segredo fecha a porta e a Alegria liberta os sorrisos, acenderam-se todas as cores do arco-iris...

Deixo então o sonho seguir em seu bruxuleante voo ao encontro do mar... (inheiro).....

Existe no universo onde mora a poesia, um misterioso planeta, (aqui podemos chamá-lo de SATURNO). Entre seus anéis morei um tempo e com ele aprendi a tomar chá preto e a poetar...

Obrigada querido, ainda hoje você é minha maior inspiração.

Beijos

Aziul
Enviado por Aziul em 13/12/2011
Reeditado em 14/12/2011
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