Solidão, falta, espera, chuva, trovão.
Solidão, falta, espera, chuva, trovão.
A chuva tá caindo e eu que tanto já escrevi sobre ela, hoje fico sem ter o que dizer. Tento uma palavra, outra, mais outras tantas e nada...
Ela, porém, me diz tudo.
Fala de mim, de ti e me traz muita saudade.
A chuva me faz sonhar acordado, me faz sonhar o teu sonho, me faz querer tua pele, tua boca...
Da janela, as rajadas de vento assolam meu peito e cada trovão é um grito que me diz: Sinta, Rogério, sinta tua dor, a dor que te trago de longe, a dor no não ter. É um presente que te dou pra que você curta a sua solidão.
Solidão, falta, espera, chuva, trovão.
Falta...
Falta...
Falta...
Solidão...
Eu que já escrevi tanto sobre a chuva, tenho que aguentá-la com raiva de mim por ciúmes de você.
A chuva chora, desabafa e se aquieta.
Eu me aquieto, sofro e durmo pensando em você.