Solidão, falta, espera, chuva, trovão.

Solidão, falta, espera, chuva, trovão.

A chuva tá caindo e eu que tanto já escrevi sobre ela, hoje fico sem ter o que dizer. Tento uma palavra, outra, mais outras tantas e nada...

Ela, porém, me diz tudo.

Fala de mim, de ti e me traz muita saudade.

A chuva me faz sonhar acordado, me faz sonhar o teu sonho, me faz querer tua pele, tua boca...

Da janela, as rajadas de vento assolam meu peito e cada trovão é um grito que me diz: Sinta, Rogério, sinta tua dor, a dor que te trago de longe, a dor no não ter. É um presente que te dou pra que você curta a sua solidão.

Solidão, falta, espera, chuva, trovão.

Falta...

Falta...

Falta...

Solidão...

Eu que já escrevi tanto sobre a chuva, tenho que aguentá-la com raiva de mim por ciúmes de você.

A chuva chora, desabafa e se aquieta.

Eu me aquieto, sofro e durmo pensando em você.

Rogério Nolêto
Enviado por Rogério Nolêto em 12/12/2011
Código do texto: T3384631
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