Acrílicos
Gostaria de escrever aquarelas tropicais ingenuas e belas, com remansos verdes salpicados de outras tantas cores alegres. Descrever esse meu tempo como as crianças contam histórias, e nos esbofetam com seus sorrisos plenos. Há lugares que vivi onde cantam poucos pássaros agora, e as águas antes tão límpidas, guardam tantos sabores agora só em mim. Hei de encontrar o arquiteto do fim e pedir lhe que me explique qual o sentido de tomar de alguém não a felicidade, mas o que lhe faz feliz, e deixar que vague à míngua em seus olhos sempre inundados, imagens que não envelhecem. Talvez se não morressem sempre, meus pares, essa nave fria, uma consciência inútil, iria ao coração do mundo e atrasaria, meus pequenos e quietos batimentos lentamente de volta pra ti.