AMOR
A alma do poeta é um jardim
E seu coração o jardineiro
Ainda que ferido pelo espinho, faz sobressair as flores
Ainda que embargado pelo pranto, transforma-os orvalho
Ainda que recluso em melancolia, externa-se amor
Porque os seus olhos garimpam sentimentos
E extraem do mais profundo, recôndito do ser
Pérolas incrustadas, diamante bruto
E os lapidam amolite,
Porque suas mãos removem,
fecundam o mais árido deserto
Com as sentimentalidades que acometem os apaixonados,
Com a explosão que incendeia os amantes
Com a loucura que inspira os poetas
E faz desabrochar
Rosa de Saron
Flor de Jade
Lírios do campo