AMOR

A alma do poeta é um jardim

E seu coração o jardineiro

Ainda que ferido pelo espinho, faz sobressair as flores

Ainda que embargado pelo pranto, transforma-os orvalho

Ainda que recluso em melancolia, externa-se amor

Porque os seus olhos garimpam sentimentos

E extraem do mais profundo, recôndito do ser

Pérolas incrustadas, diamante bruto

E os lapidam amolite,

Porque suas mãos removem,

fecundam o mais árido deserto

Com as sentimentalidades que acometem os apaixonados,

Com a explosão que incendeia os amantes

Com a loucura que inspira os poetas

E faz desabrochar

Rosa de Saron

Flor de Jade

Lírios do campo

Sandra Vilela (Eternellement)
Enviado por Sandra Vilela (Eternellement) em 05/12/2011
Reeditado em 05/12/2011
Código do texto: T3372736
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