Ao poeta: a poltrona
Em sendo intuição, chegar ao fim
surrupia o início do que se perdura,
daquilo que se procura no perdido.
Há gente por trás da janela,
apresentam-se e se despedem
na fração do pêndulo cigano.
Como ponteiros dos minutos e das horas
a terra que alimenta e soterra, repele
no vai-e-vem de cálices indigentes.
O rumo ganha asfalto e noite
e as retinas fechadas são feixes;
cantam niná ao vidro embaçado.
Faz-se jus à divisão do banquete.
Bem-vindos a Estaca Zero - Emblema
e poltrona do que não vi e enxergo.
Poema publicado também na página pessoal do autor Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com).