Ao poeta: a poltrona

Em sendo intuição, chegar ao fim

surrupia o início do que se perdura,

daquilo que se procura no perdido.

Há gente por trás da janela,

apresentam-se e se despedem

na fração do pêndulo cigano.

Como ponteiros dos minutos e das horas

a terra que alimenta e soterra, repele

no vai-e-vem de cálices indigentes.

O rumo ganha asfalto e noite

e as retinas fechadas são feixes;

cantam niná ao vidro embaçado.

Faz-se jus à divisão do banquete.

Bem-vindos a Estaca Zero - Emblema

e poltrona do que não vi e enxergo.

Poema publicado também na página pessoal do autor Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 30/11/2011
Reeditado em 09/01/2012
Código do texto: T3365573
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