Canino
Quando fico ao relento, gosto de ouvir assobio
por entre as frestas das telhas sinfonia de tantos sibilos
na noite chispando centelhas...
quando é eterna vigília, danço com a música dos grilos
entre as pétalas buganvílias, sou uma das três-marias...
e gosto de chuva fina, brisa de cata-vento
de trilha de formiga no verde que caminha
na folha que anda sozinha...
quando entre quatro paredes, sou eu que caminho sozinha
fecho portas, abro janelas, às vezes olho pro céu...
crio pássaros de papel, folheio o tempo
crio uma sombra, às vezes olho pro chão...
procuro olhos na escuridão, sinto saudade
e me aconchego...
... um dia terei um cão.
Quando fico ao relento, gosto de ouvir assobio
por entre as frestas das telhas sinfonia de tantos sibilos
na noite chispando centelhas...
quando é eterna vigília, danço com a música dos grilos
entre as pétalas buganvílias, sou uma das três-marias...
e gosto de chuva fina, brisa de cata-vento
de trilha de formiga no verde que caminha
na folha que anda sozinha...
quando entre quatro paredes, sou eu que caminho sozinha
fecho portas, abro janelas, às vezes olho pro céu...
crio pássaros de papel, folheio o tempo
crio uma sombra, às vezes olho pro chão...
procuro olhos na escuridão, sinto saudade
e me aconchego...
... um dia terei um cão.