NÃO O SUFICIENTE
Tudo em volta silêncio...
e nenhum rastro na areia para seguir!
O cheiro forte dessa solidão entorpece e alucina
Ouço passos de uma morte que não é minha,
mas vem para mim...
mas vem mesmo assim!
Tudo em volta silêncio,
exceto as batidas incessantes de memórias de um passado recente,
pessoas interessantes...
interesses desimportantes
e tantas pessoas ausentes
que nunca estiveram aqui antes!
Fatos e boatos que gritam na linha tênue entre um tímpano e outro,
fazendo progressiva definitiva nas minhas cócleas...
dói de um zunido alguma coisa inaudível no silêncio
uma palavra reles, esquecida e tão desinteressante.
Quero ser surdo para não ouvir o silêncio gritante...
Quero ser mudo para não pronunciar a dor do instante,
quero ser tosco e fosco para não brilhar muito distante,
quero a agonia extasiante de ser no não ser
e não ter medo da morte iminente, indigente
e nem da vida dentro aqui no fundo pulsante
no mais alucinante de dentro da gente...
Ah , mas o quê eu mais queria e digo com muita alegria,
ser eu mesmo, este mesmo, este à esmo, este assim
por um ínfimo instante, por quanto durar não o bastante,
rasgar a alma e deixá-la errante,
arrastar-se como um pedinte,
um insignificante meliante,
até chegar no Inferno de Dante,
(onde escondi todos e cada um de meus caros pecados)
para descobrir que a essência que procuro nesse lugar distante
encontra-se bem aqui e não como diz n'alguma canção,
além do horizonte...
Mas toda caminhada é válida,
mesmo enfrentando esse sol causticante,
se falta equilíbrio nas pernas me abasteço com fortificante
e para quem já está intolerante,
o quanto antes me calo num instante
e finalizo com “ok! já é o bastante”
mas nunca o suficiente.
Para a série Poetarias,
por Marcio Antonio Lizardo e Marcos Antonio Lizardo.
(exercício livre de parceria sem se preocupar com o resultado)
Tudo em volta silêncio...
e nenhum rastro na areia para seguir!
O cheiro forte dessa solidão entorpece e alucina
Ouço passos de uma morte que não é minha,
mas vem para mim...
mas vem mesmo assim!
Tudo em volta silêncio,
exceto as batidas incessantes de memórias de um passado recente,
pessoas interessantes...
interesses desimportantes
e tantas pessoas ausentes
que nunca estiveram aqui antes!
Fatos e boatos que gritam na linha tênue entre um tímpano e outro,
fazendo progressiva definitiva nas minhas cócleas...
dói de um zunido alguma coisa inaudível no silêncio
uma palavra reles, esquecida e tão desinteressante.
Quero ser surdo para não ouvir o silêncio gritante...
Quero ser mudo para não pronunciar a dor do instante,
quero ser tosco e fosco para não brilhar muito distante,
quero a agonia extasiante de ser no não ser
e não ter medo da morte iminente, indigente
e nem da vida dentro aqui no fundo pulsante
no mais alucinante de dentro da gente...
Ah , mas o quê eu mais queria e digo com muita alegria,
ser eu mesmo, este mesmo, este à esmo, este assim
por um ínfimo instante, por quanto durar não o bastante,
rasgar a alma e deixá-la errante,
arrastar-se como um pedinte,
um insignificante meliante,
até chegar no Inferno de Dante,
(onde escondi todos e cada um de meus caros pecados)
para descobrir que a essência que procuro nesse lugar distante
encontra-se bem aqui e não como diz n'alguma canção,
além do horizonte...
Mas toda caminhada é válida,
mesmo enfrentando esse sol causticante,
se falta equilíbrio nas pernas me abasteço com fortificante
e para quem já está intolerante,
o quanto antes me calo num instante
e finalizo com “ok! já é o bastante”
mas nunca o suficiente.
Para a série Poetarias,
por Marcio Antonio Lizardo e Marcos Antonio Lizardo.
(exercício livre de parceria sem se preocupar com o resultado)