Irrremediáveis
eu não sei o que dizer, pois não acho nessa chuva se silêncios frios, a ideia-pedra que estancariar o fluxo de mim. Então busco com tanta sede um alento, uma sombra, onde possa parar e refletir a mim mesmo num espelho, que construo com os cacos que acho aqui e ali, sob os minutos que se despregam de mim, fatalmente. Eu ergueria pra nós sim, uma fenda nesse mundo, se já não estivesse, a todo tempo, cavando, sem querer, uma cova pro meu futuro.