Pelos nossos filhos...
A nuvem ofuscou o brilho do sol
mas nem por isso ele deixou de brilhar.
A música parou e o silêncio se instalou.
O semblante alegre foi substituído pelo
semblante pesado, compungido.
A vida mais uma vez
muda de ciclo,
movimenta-se no sentido contrário
ao do prazer, ao do sentir-se feliz.
Faz-se necessário o parar, o pensar,
o pesar os prós e os contras.
Faz-se necessário aparar as arestas,
discutir-se a relação,
focar as situações mal resolvidas,
faz-se necessário diminuir as pendências.
Mesmo porque é pra isso que estamos aqui,
de nada adianta virarmos nossos rostos
às divergências,
ignorarmos o fracasso,
fugirmos às nossas responsabilidades.
É chegada a hora da tomada de decisões,
de se enfrentar as diferenças de frente,
de assumirmos nossa contribuição no que
deu e no que não deu certo,
sem com isso atribuirmos culpas a um,
ou ao outro,
mas ao invés disso,
descobrirmos a melhor forma de construirmos
à partir daqui,
um novo fim,
o fim que possibilitará a mim, a você,
a oportunidade de sermos mais felizes,
e estendermos esta felicidade a todos
aqueles que vieram depois de nós...