Tempo
Tempo meu senhor, meu ponto franco
Quando tomarei conta de seus minutos?
Até quando, sua pressa irá me prender,
e a qual lugar levará minha juventude?
Sinto seu peso cruel a cada final de inverno
Nasci junto da primavera, há mais um pouco
serei avó da minha prima “Vera”....
Por que não para de correr por um instante?
Por que não me dá mais seis horas na noite?
Você sabia que eu amo a noite?
Que aquele sol lá fora nada me agrada?
Maior carrasco do universo. Tempo! Pare só um instante,
Dê-me um close em câmera lenta, um zoom da minha vida
Se forem três horas da manhã, me pede para deitar, pois as seis estão chegando.
Se são três da tarde me pede para sair, pois as quatro estão em cima.
Dizem que o srº “manda-chuva” é o senhor da razão.
Que razão? Minha razão, são minhas conquistas.
Ninguém tem tempo, sabia que eu adoraria voltar a dançar? Mas não tenho permissão
Lembra-se o quanto eu era feliz com aqueles calos nos pés?
Você nunca se lembra de nada
Nunca da para ouvir um álbum de uma vez só,
sempre há a velha pausa
Deixei pessoas passarem, não me despedi de tantas outras
Tudo é tão pré determinado, compacto, rápido. Se não for assim , não há nada
As paixões, nem quer tocar nisso, não é? Esquece, eu também não tinha tempo.
Seria um dia feliz sem você, fecharia meus olhos e viveria tudo que é prazeroso.
Vinte e quatro horas, trezentos e sessenta e cinco instantes, um ano em um dia.
A sua idade já não permite tanto desespero, mas você é um velhinho astuto,
espero chegar nos meus setenta com o seu gás.
Ó querido tempo, tudo passou não? Quantas agruras, quantos problemas
e você sempre ali correndo para me salvar
Meu senhor, mas também meu herói. Figura até sensível às vezes
Quantas coisas boas vieram com sua passagem. Passou!
Me leve a qualquer lugar, onde a felicidade seja dona rainha,
onde a paz me dê sempre o ar puro pra respirar.
Tempo, temp, tem, te, t, você é bem pequeno aqui, assim eu te dominei,
te espero no próximo trem, vou esperar não tenho pressa.
"Omnia Fert aertas"
O tempo tudo faz