Desatino do mundo
Correm apressadamente para o precipício...
De suas maldades vangloriam-se...
Do nada preencheram seus corações...
Do mal formaram suas convicções...
Como cadáveres perambulam pelo incerto...
Filhos da noite... Da degradação...
Seu pai?Sua mãe? A escuridão...
Culpados ou não quem pode saber...
Não há inocentes!Preciso dizer...
O mal envolve...
Convida...
Atrai...
Não vou disfarçar, falar de beleza...
O que me leva a falar é profunda tristeza...
Vejo almas, pobres almas prisioneiras...
Não podem saber, não podem falar, não podem sentir...
O mal é perverso, arranca de ti...
Raízes da alma, bondade, sorrisos...
Lentamente mata a alma... Restando corpo vazio...
Calo agora minha revolta...
A beleza há tempos se pôs...
Secaram as plantas do nosso jardim...
E quão difícil é continuar...
Vejo-me em meio a uma legião...
Amigos, inimigos, desconhecidos e irmãos...
Todos no mesmo caminho...
A longa estrada curta, rumo ao desatino...
Já não posso impor minhas convicções...
Suas crenças já são outras...
O que os atrai, é exatamente o que os destrói...
Hoje já não quero mais falar...
Vou adormecer e quando acordar...
Terei mais versos para o meu coração expressar...