Cúmplices

Ontem passeávamos de mãos dadas, você e eu.

Você me olhava com orgulho e conseguia ver o infinito nos meus olhos fatigados de tanta procura. Eu te olhava, não com menos orgulho, e depositava na riqueza do teu amor as minhas melhores esperanças.

Sorríamos de tudo e por quase nada. A alegria morava nos seus olhos inocentes. Não tinhamos um passado, mas um futuro maravilhoso se descortinava em nossa frente, acenando uma promessa de amor sem fim e alegrias duradouras...

Hoje ainda caminhamos de mãos dadas, e já não importa se não mais nos olhamos com a ternura dos jovens corações enamorados. Posso ver a serenidade nos seus olhos maduros e você se apoia no meu braço, e reclina a cabeça no meu ombro, e se aconchega no meu peito, e sente-se segura. Essa segurança conquistada às custas de muitas e terríveis procelas enfrentadas no decorrer das décadas e vencidas pela força do nosso amor. E não importa quantas vezes eu recolhi as velas, e quanto tempo ficamos a deriva, continuamos juntos, nós dois.

Sinto suas mãos nos meus cabelos, num carinho doce de mãe... Amistoso de companheira... Sacana de mulher... Me perco de amor nas suas mil faces. Faço-lhe uma canção de amor, a intitulo "leite e mel", que é como vejo a terra da promissão onde instalamos nossa tenda, onde floresceram nossos sonhos, onde cresceram nossos filhos...

Não sei porque você ainda precisa ouvir de de mim que te amo, mas se é tão importante... Eu te amo!

Amanhã caminharemos de mão dadas... Porque nosso amor é eterno.

Carlinhos Colé
Enviado por Carlinhos Colé em 21/11/2011
Reeditado em 22/11/2011
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