TERRA QUERIDA

Eta!

Que não tão cedo daqui me afasto

Mesmo o garrote, virado boi lá no pasto

Vou-lo ao encontro boiadeiro laço à mão

Boi brabo, preto, branco e mesmo malhado

Já boi laçado da mão não largo.

Eta!

Que inda moço não formado

Em companhia de boiadeiros

Mais velhos fui aluno atento

Aprendi laçar bois graúdos, depois dos pequenos.

Eta!

Que de tantas narrações fui ouvido afiado

E delas em memória caprichosamente guardei

Amostras de bravura à pele seca de sol olhei.

Eta!

Minha gente que a bravura a vida obriga

Andar sobre a terra rachada e quebradiça que trinca

Levanto todo dia as mãos pro céu que eu não minta.

Eta!

Que já raiando o dia nessas bandas cerradas, minha terra

Dela não quero por dinheiro mais fabuloso que seja

Trocar pela cidade e seus luxos, minha vida sertaneja.