Ânimo de criar.

Nada entendo de concordância, nem o que significa métrica,

Apenas registro termos em clara vista, expectativas e paixão,

Não sei de acentuação, nem o que se define como poética,

Também não considero nenhum ponto em minha composição,

Escrevo tudo o que me vem à cabeça naquele momento,

Naturalidade pintada em esboço miscigenado, prudente,

O vai e volta, alma alforriada, esboços do livre sentimento,

Despertando o meu redigir no sem fim imaginário e ardente,

Degusto nas letras, torrentes lendárias libertando a existência,

Daí; vou encenando liberto sobre os tropeços da memória,

Aspirações desabrochadas, eclosão da ternura sem resistência.

Que flamejam em redor da magnificência de outra historia,

Vou simplesmente criando versos, aproveitando formas e sabores,

Experimentando aleatoriamente o amor que é posto em chama,

Valendo-me do sonho verdadeiro, primoroso, provas e cores,

Da flor que dissemina ajustadamente o olor ao ósculo que inflama,

Nada sei de aquiescências, nem expressar-me de forma correta,

Minuto as reminiscências surgidas em cada uma das estações,

Misturando as palavras que se apresentavam em forma secreta,

Entre a ingênua e a lúdica amabilidade, traduzindo emoções,

Mas não me preocupo com estas tantas e sofisticadas convenções,

Ajuntamentos convenientes ou não, conferências resultantes,

Réplicas em sossego evidente que não refreiam apresentações,

Descrevendo ocasionalmente a paixão que é sinal dos amantes,

Vou meramente cunhando letras, consagrando falas e configurações,

Prognosticando a astúcia do tempo, terna serenidade, idolatria.

Permutando vocábulos que se ajeitam em formato de expressões...

Não escrevo atendendo regras estabelecidas para que seja... poesia.

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 19/11/2011
Código do texto: T3344144
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