Ânimo de criar.
Nada entendo de concordância, nem o que significa métrica,
Apenas registro termos em clara vista, expectativas e paixão,
Não sei de acentuação, nem o que se define como poética,
Também não considero nenhum ponto em minha composição,
Escrevo tudo o que me vem à cabeça naquele momento,
Naturalidade pintada em esboço miscigenado, prudente,
O vai e volta, alma alforriada, esboços do livre sentimento,
Despertando o meu redigir no sem fim imaginário e ardente,
Degusto nas letras, torrentes lendárias libertando a existência,
Daí; vou encenando liberto sobre os tropeços da memória,
Aspirações desabrochadas, eclosão da ternura sem resistência.
Que flamejam em redor da magnificência de outra historia,
Vou simplesmente criando versos, aproveitando formas e sabores,
Experimentando aleatoriamente o amor que é posto em chama,
Valendo-me do sonho verdadeiro, primoroso, provas e cores,
Da flor que dissemina ajustadamente o olor ao ósculo que inflama,
Nada sei de aquiescências, nem expressar-me de forma correta,
Minuto as reminiscências surgidas em cada uma das estações,
Misturando as palavras que se apresentavam em forma secreta,
Entre a ingênua e a lúdica amabilidade, traduzindo emoções,
Mas não me preocupo com estas tantas e sofisticadas convenções,
Ajuntamentos convenientes ou não, conferências resultantes,
Réplicas em sossego evidente que não refreiam apresentações,
Descrevendo ocasionalmente a paixão que é sinal dos amantes,
Vou meramente cunhando letras, consagrando falas e configurações,
Prognosticando a astúcia do tempo, terna serenidade, idolatria.
Permutando vocábulos que se ajeitam em formato de expressões...
Não escrevo atendendo regras estabelecidas para que seja... poesia.