Sem explicações...

...explicar poesia ...é conversa de embriaguez...

em teus pensamentos penetro...

tudo me parece certo...tudo me parece insensatez...

Então...

embriago minh'alma...

explicar poesia é mentir para se enganar que compreendeu...

poesia pode ser abstração da alma,

um fogo na palha...cerrado seco...risco de incêndio...

terra queimada e renascimento depois da primeira brisa...

sentimento abstrato, dor vomitada...vontades gritadas...coração acalmado...sublimação?

Descrevo...descrevo...descrevo...

e

em minha escrita infinita...

me acho e me perco...

imagino - homem de sorriso largo chegando... - imagino mulher de cara pálida, parindo...

são ilusões...sonhos insanos na mente, na madrugada...

olho pela janela...ela virtual...há pessoas...há cantos....há desencantos...há distância...

há solidão...

me perco...

acordo,levanto e volto ao que é real...

há um mundo tão perverso que não quero ver...

há sentimentos tão íntimos que não quero saber..

há poesia na rua...

eu gosto...

em *mosaicos nas calçadas...próximos a paradas...

Há poesia na cacheira cercada de cerrado eu amo!

Há beleza no movimento de quem fala...

que haja voz... eu prefiro....

descrever poesia é o meu primeiro ofício, o segundo?

É ganhar o pão de cada dia....

A vida contemporânea é ilusão e desilusão...

são sorrisos plastificados em pequenos quadrados ...em que eu também me encaixo,

me enquadro... é distância que fala pela tela que *via na ficção quando menina...

a vida contemporânea passa pela ilusão...

mas poesia é real...

a palavra acaba por escarrar todas as verdades...jogadas na cara...

bela e poética...

desejos não revelados...paixões repentinas...

poesia...

tua alma antiga tem sua versão contemporânea atras das telas, das páginas de rostos congelados...

outrora vagavas pelas estradas em papiros...papéis amarelados dobrados em pastas... em cadernos...em pedaços de papel que que deveras haviam embrulhado pão...

hoje?

Querida amiga inseparável andas a velocidades magnificas, está ao mesmo tempo e todos os recantos lugares a levares teus encantos..

são telas e mais telas pintadas de dores e de agonias...

são telas e mais telas pintadas de palavras que se tornam poesia...

estás democrática querida...

nada preconceituosa,

misturada, diversificada, bela...madura, encantadora!

Poesia...dize-se prima pobre das artes...

digo:

democrática terapia...

moderna... que vive pelo mundo...contemporânea que inspira muitos a falar de formas diferenciadas com as mesmas cores, das mesmas dores...felicidades com variados encantos...

poesia...

pretensiosa...corajosa arte de amadores...de profissionais e piratas?

*"É...as vezes piratiamos as realidades..."

...amor astuto...doçura da adolescência...

segurança e empáfia da maturidade.

Deveras sem explicação...

Brasília - DF, 2011.

Do imaginário poético de quem misturou tudo o que leu.

*Referência a filmes de ficção dos anos 70 - alusão a realidade.

*Referência a versos em mosaicos escritos próximos a pontos de ônibus na W3 sul em Brasília.

* Frase de um velho amigo.

VivianMariaMaranhão
Enviado por VivianMariaMaranhão em 18/11/2011
Reeditado em 12/09/2014
Código do texto: T3342936
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