Visita ao Poeta

Oi...

-Posso te visitar?

Não vou incomodar,

não bato na porta pois esta entreaberta.

Entre sem pressa, a casa é modesta,

feita com madeira da floresta.

Se queiras, recitarei os meus mais belos Poemas.

Entre, sente-se...

Que tal um chá sentada neste sofá?

-Eu quero sim,

mas enquanto aprecio, recite para mim.

Escolha o Tema,

-Pode cinema ?

Claro que sim, Cinema é tudo para mim,

gosto de filme romântico, tem começo, meio e fim.

O chá esta bom?

-Sim, perfeito para mim,

adoro camomila com cravo e canela.

Assim sempre o faço, não uso fogão.

-Como faz então?

Chaleira com água sobre o carvão,

fica diferente, sem gosto de água quente.

As ervas são frescas, colhidas com orvalho,

as planto próximo ao pé de carvalho,

Gostaria de ver?

-Sim, eu posso?

Vamos por aqui, estão logo ali.

-Nossa! que beleza, isto que é natureza.

-Mas cadê o Poema?

Aquele sobre cinema?

-Sim, recite-o para mim.

Claro que sim,

após regar o jasmim.

-Poderia fazer um buquê?

Sim, porque?

-Na ala entre a sala,

há uma grande jarra, quero vê-las ali.

Ficará lindo perto da janela,

a luz a deixará mais bela.

-Que visita interessante,

e este velho chalé tem de tudo,

nem lhe falta o café.

-Nossa!,

Já entardeceu, você não percebeu?

Não se preocupe com o tempo,

é ele que nos deixa diferente.

Voltemos ao sofá, e quem sabe mais uma xícara de chá.

-Deixemos para um outro dia,

adorei a sua cortesia.

-Ainda quero meu Poema,

e para que não se esqueça do Tema,

leve-me ao cinema.

A levarei com carinho, e agora que sabe o caminho,

Seja sempre bem vinda.

Caso eu não esteja, deixe recado no pote de cereja.

“O verdadeiro Poeta carrega dentro de si,

um imenso tesouro,

que é compartilhado entre todos,

através das suas palavras”

Autor Karlos Brasil