A TARDE CAÍA...

A TARDE CAÍA...

Caía à tarde e pela janela eu via a grama verde musgo que denunciava o frescor da chuva...

A atmosfera lavada exalava um cheiro bom de terra molhada.

O sol de dezembro, quase a se por, ainda ofuscava os olhos com sua claridade inebriante...

Quis parar e apreciar aquele espetáculo da natureza...

Da janela avistava as pessoas a jogar futebol despreocupadamente...

Desejei compartilhar aquele instante e deixar que a música daquela hora me envolvesse com os seus encantos...

Ainda chegaremos ao consenso de que prescindimos do jogo da competição para vivermos bem e em harmonia.

Quero a paz de cooperar e me entregar por inteiro, sem dúvidas, sem pejo ou apegos...

Quero ouvir a voz que cante canções na “metamorfose ambulante” de minha vida

E me diga poemas de Camões ou Drumond...

E me fale de coisas amenas. E nossa comunhão seja feita do que é simples e profundo recheada dos risos de alegria, e daquele sentimento que se experimenta quando se tem o prazer de compartilhar ternura...

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 02/01/2007
Reeditado em 02/01/2007
Código do texto: T334126