A TARDE CAÍA...
A TARDE CAÍA...
Caía à tarde e pela janela eu via a grama verde musgo que denunciava o frescor da chuva...
A atmosfera lavada exalava um cheiro bom de terra molhada.
O sol de dezembro, quase a se por, ainda ofuscava os olhos com sua claridade inebriante...
Quis parar e apreciar aquele espetáculo da natureza...
Da janela avistava as pessoas a jogar futebol despreocupadamente...
Desejei compartilhar aquele instante e deixar que a música daquela hora me envolvesse com os seus encantos...
Ainda chegaremos ao consenso de que prescindimos do jogo da competição para vivermos bem e em harmonia.
Quero a paz de cooperar e me entregar por inteiro, sem dúvidas, sem pejo ou apegos...
Quero ouvir a voz que cante canções na “metamorfose ambulante” de minha vida
E me diga poemas de Camões ou Drumond...
E me fale de coisas amenas. E nossa comunhão seja feita do que é simples e profundo recheada dos risos de alegria, e daquele sentimento que se experimenta quando se tem o prazer de compartilhar ternura...