ELE SEMPRE ESTÁ COMIGO  (Texto real)





Não há nada mais divino para uma mulher do  que o  privilégio de poder ser mãe! O momento sublime onde a maternidade se realiza. Onde o sonho idealizado, construído antes e durante os 9 meses, emerge, desabrocha em sua maior plenitude. É a graça e o poder da criação que emana das mãos de Deus, que flui, brota para o mundo, trazendo mais vida para a vida aqui fora.

Todavia, não existe abandono e dor maior do que a solidão em um dos momentos mais extremos da vida: a hora de dar a luz! Queridos Recantistas, o texto que ora escrevo não é ficção nenhuma. Eu vivi duas vezes essa experiência dolorosa de abandono, de solidão a dois em uma: Tive dois filhos (
a minha filhinha de 7 meses que nasceu morta e era portadora de anomalias cogênitas, e o quinto, meu caçula que tem hoje 20 anos) sem a presença de nenhum ser humano por perto, mas Deus estava como sempre ao meu lado, e mais que isso, sei que Ele me pegou pela mão e me segurou no colo.

Sempre tive muita preocupação e um certo temor quando estava grávida, pela possibilidade de dá a luz dentro de um carro, porque até a minha quarta gestação eu morava bem mais distante da cidade onde ficava a principal Maternidade. Mas o que eu jamais esperava era que no momento onde mais queria e precisava ter alguém junto de mim, aí eu estava só!

Felizmente, meus partos todos foram normais e eu nunca tive nenhum tipo de complicação, graças a Deus, porque ai de mim se tivesse um parto complicado, teria morrido sem médico nem enfermeira por perto. É obvio que passei por todos os procedimentos iniciais de triagem no momento da internação. Depois, na sala de "pré-parto" a enfermeira colocou um soro (indicado pelo médico que me atendeu), segundo ela, para acelerar as contrações, e ao deixar a sala, ela  diz: "teu bebê só vai nascer daqui a uns 50 minutos." "Em seguida, se afasta, e logo após 15 minutos minha filha nasceu. Foi assim também a segunda vez. Só depois do nascimento, mais alguns angustiantes minutinhos de espera, chegam médico e enfermeiras correndo e preocupados.

Sou autêntica defensora do parto normal, mas do parto HUMANIZADO! Sei de histórias horríveis, de centenas de mulheres que morreram durante o parto ou em decorrência de consequências de parto mal feito ou mal assistido. O momento do parto (sem contar todo o período de gravidez) é sem dúvida o mais difícil onde a mulher por mais que tenha saúde e coragem, ela fica mais carente e fragilizada por natureza. E, muitas vezes, nem com o marido ou pai da criança muitas mães não contam com esse apoio que é super importante, é fundamental nessas horas tão difíceis.

É apenas um desabafo, meus amores. Eu vivi, literalmente a experiência triste do abandono da "sociedade", mas não de meu DEUS, Ele que está permanentemente comigo e quis que eu sobrevivesse para hoje estar aqui e contar um pouco dessa história real para vocês.


Muito grata pela atenção e o carinho de todos vocês, que mesmo sem merecer tenho recebido, e faço questão de reconhecer, de agradecer  e mais que isso: de aplaudi-los de pé!
Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 17/11/2011
Reeditado em 20/10/2012
Código do texto: T3340838
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