Silêncio
Tenho em mim um silêncio que grita, que me desperta, que às vezes me apavora
e outras vezes me acalma, me cala e me fala, conversa comigo...
me diz coisas que eu teimo em não ouvir...
me mostra coisas que eu teimo em não ver,
me ensina coisas que eu preciso aprender.
Como é elegante esse silêncio, que exige de mim coragem para enxergar a minha enorme covardia.
Covardia por não dizer o que penso, o que sinto, o que quero.
Encarar meus enganos, meus erros e a minha própria vida cheia desses mesmos enganos...
Depois de muito me debater, justificar o injustificável, desculpar o indesculpável, dei asas ao silêncio, procurei observá-lo e ouví-lo, enxergá-lo...
Renasci minha consciência e retomei o meu caminho, sem olhar para trás...
Foi o mais certo a fazer?
Não sei, mas é hora de calar meu coração para ouvir a minha própria voz e saber que estou de volta à minha própria vida.