Noturnos
Tua silhueta, tuas curvas
A geografia na planície da alcova
Na imensidão de nossa solidão.
O aroma dos desejos
O propósito dos ensejos
E o silêncio a nos espiar
Enigmaticamente,
No sabor
Contraproducente
Da nossa amizade,
Atravessamos o deserto
Banhamo-nos em oásis
E, em manifesto liberto,
Profanamos o pecado
Tao guardado em nossa ilusão.
Enfim, o retorno ao real
Distante de todo o mal,
No ritual de prelúdio e sedução
E no segredo dos olhares noturnos.
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