Onírico.
Me eleve e conduza-me ao ápice de um luar. Fazendo do escarlate um desejo, que flutue
e paire como bruma intensa nos limites da razão. Para que todo sentido seja desconexo, e o nosso
reflexo trafegue na máxima amplitude. Algo que só se explique como truque. Como mágica, a magia
da paixão. Aquele ponto um pouco além do desconhecido. Um pouco abaixo da linha do horizonte.
Um pouco acima da estrela mais distante. Aonde minha alma dissonante, se equalize com teu espírito
alucinante. E então que identidades e características soem tão distantes, como toda lembrança,
que não deseja ser lembrada. Alguma coisa esquecida no caminho. Pegadas de um momento
que passou, não importa mais. A densidade do sonho, pesando muito mais do que a realidade.
Nós um pouco após da eternidade.