O PRIMEIRO POEMA

Acordei cedo.

Despertei às três horas da manhã.

O vento soprava frio, gelando.

Veio à minha mente uma coisa esquisita

Fazer poemas.

Pensei. Mas eu nunca fiz poema nem para namorada.

Isto é bobagem de quem não tem o que fazer.

Mas ainda assim,

Peguei minha velha Olivetti Lettera 82

e comecei a dedilhar.

Dedilhar as teclas como se eu estivesse

dedilhando as cordas do meu violão, numa manhã de sol.

E sem pensar escrevi a esmo.

Como um louco armado comecei

a atirar palavras para todos os lados.

Cada palavra saía como uma granada

que espalhava estilhaço de flores, com o perfume do amor.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 05/11/2011
Reeditado em 08/11/2012
Código do texto: T3319010
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