Meu moreno! Meu amigo! Amor antigo!
Há dentro de mim uma vontade de encontrar de novo
Aqueles olhos azuis transparentes e curiosos por me descobrir
Naquele rosto moreno de pele queimada de sol
Com aquele sorriso de lábios fartos que me faziam suspirar
Ah! Meu moreno! Meu amigo! Amor antigo!
Há quanto tempo, baby! Ahh! Quanta saudade!
Há uma necessidade incontida de ouvir aquela voz do passado
Sentir o toque de suas mãos em minhas mãos quase infantis
Daquela proteção, daquela amizade...
Hoje amanheci sentindo um gosto de saudades
De seu cheiro, de seu silencio, se sua sempre presença
Até das implicâncias sem sentido, do seu jeito de falar comigo
Da flor de graxa que me trazias, da rosa, das margaridinhas
E eu colocava no copo americano escondida pra ninguém ver...
Tanta sedução inocente em nossos gestos e olhares, em nossas brincadeiras...
E eu,... não sabia que já te amava num silêncio que era só nosso.
E hoje eu sei, o que eu sentia era amor, paixão, desejo...
E há dentro de mim uma vontade de encontrar de novo
Aqueles olhos azuis transparentes e curiosos por me descobrir...
Nessa lembrança, divago pelo azul do céu e o azul do mar.
No extremo desses azuis posso me encontrar em seu olhar
Meu moreno! Meu amigo! Amor antigo!