Um trago de ti
Ao chegar a noite
Onde a noite já habitava
As lágrimas são açoites
E entre tempos e tragos na mente
Vou me iludindo de ti
Inebriando-me da então desventura
Numa mente, só, densa, escura
Entre o relogio que bate
E o coração que passa
Vou ainda dúbio, me esquecendo
Bebendo, tragando, injetando...
A droga que já chamei de "amar"
Por entre a cortina ainda me soa
Uma fresta das luzes que lá habitam
Mas a liberdade me enclausura
Na sina que esperar o que não vem
De amar o que não tenho
De me esbarrar na vida tua
Assim se vai mais um dia, mais um "sem"
Não sei ao certo, não me levantei
Nada ouvi, não evitei...
Só não entendi, nem despertei.
E mais um trago se vai, deixei...