Quando não sei o que fazer
Em nada me atrevo para ser entendido.
Falo pouco... Sendo mais imperativo... Murmuro!
Deixo que o silêncio perceba seu barulho.
Não me comovo...
e nem chego a ofender uma imóvel parede.
Tomo café,
enquanto da janela...
Costumeiramente
observo à fundo o quintal de uma casa.
Lá um cachorro branco e preto...
à procura de seus brinquedos (próximos a um pé de cactos ).
Uma lavanderia
e perto dela...
uma cadeira de pernas já escangalhadas pelo tempo.
Sinto-me ferido.
Chego a ter sangrentos embates de ideias,
aludidos neste auto-retrato.
Não sei... é bem verdade,
Não suponho qual o fim deste labirinto.
Pedra a pedra,
vou juntando alguma lucidez.
Ando... e a cada passo me firmo.
Acompanhado da amizade,
daquelas que não se amedrontam frente a espinhos.
E de muito amor...
do qual sou acrescido de uma felicidade transcendental;
Prossigo.
Não por boniteza,
mas por precisão
( como diria a poetisa ).
Sem saber o que praticar,
Vejo que me refiz em convicções “de pernas já escangalhadas”,
embora,
mais conscientes de seu rumo.
Cheio de vida,
tenho vontade em descobrir a cura de meu soluço.
Acho que por isso escrevo,
Quando não sei o que fazer.
Poema publucado também na página pessoal do autor Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com