CADÊ O SERENO?!  
De: Ysolda Cabral
 
 
 

 
A tarde cai suavemente e uma brisa leve se revela no balanço das folhas da palmeira a qual, sem a luminosidade do Sol, tem sua tonalidade natural. Fico a refletir que talvez a noite não seja tão quente e as estrelas do Céu fiquem mais nítidas pra gente apreciar.
 
O tempo me parece firme em seu propósito de não chover e a perspectiva de uma boa caminhada me dar um enorme prazer.
 
Entretanto, como ainda estou meio alquebrada da virose que me deixou literalmente de cama, por quase dez dias, não posso exagerar e sei que devo ter cautela, pois no serenar, eu posso piorar.  
 
- Mas, aqui  existe sereno?!  
 
Aqui existe é muita poluição que nos impede de respirar ar puro até na beira do mar.
 
Sinto saudade do meu tempo de menina que saia a caminhar sem me preocupar com hora, saúde ou destino...
 
Qualquer direção eu poderia tomar, qualquer situação eu poderia enfrentar e se caso me deparasse numa viela... Era só voltar.