Ardência dos olhos

E hoje a ardência dos olhos já não faz jus ao ontem.

Talvez os ditos incertos transformaram-se em concretos e o ontem ficou premente apenas nos versos.

Mas na vida tudo passa, quando não, não finda; Porém na vida tudo tem fim.

Talvez eu precise de um colírio, não apenas para os olhos, também para o coração.

Contudo, preciso mais do que olhos ardentes para pensar controlar o que nem sei sentir.

Então vivo, com olhos ardentes ou não, coração birrento em vão, vivo, e no final eis o que importa.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 27/10/2011
Reeditado em 24/10/2012
Código do texto: T3301245
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