Ardência dos olhos
E hoje a ardência dos olhos já não faz jus ao ontem.
Talvez os ditos incertos transformaram-se em concretos e o ontem ficou premente apenas nos versos.
Mas na vida tudo passa, quando não, não finda; Porém na vida tudo tem fim.
Talvez eu precise de um colírio, não apenas para os olhos, também para o coração.
Contudo, preciso mais do que olhos ardentes para pensar controlar o que nem sei sentir.
Então vivo, com olhos ardentes ou não, coração birrento em vão, vivo, e no final eis o que importa.