Amor.

Um amor queria um coração.

mas os corações se encolheram e se esqueceram que o amor poderia chegar.

Então o amor, amando intensamente,

se fez presente a todos os olhos,

porque de repente, no reflexo da oportunidade, poderia assim viajar, por uma imagem,

e carregar a mensagem de uma infinita paixão.

Foi em vão; a ocasião.

Porque olhos quase sempre, só olham,

mas não enxergam muito além do que querem ver, e definitivamente, não era o amor,

o foco da atenção.

Notando essa arbitrariedade, se fez palavra viva, dando a vida a sons mortos,

que jaziam em indecisões.

Porque de tudo que está escrito, se faz a leitura,

e pela voz propaga-se em sons a maravilhosa estrutura dessa sinfonia que é o amor.

Que é imune ao tempo, que ultrapassa

a barreira do silêncio, que devora as tentativas fraudulentas de deturpação.

Pois o verdadeiro amor não é corrosivo,

nem cáustico.

Não é aliciador e muito menos desinteressado.

Ele só ama, e por ser todo amor

não se permite possuir, mágoa, cor, ou rancor.

Ele é único, não admite divisão.

E sendo único não segrega e também

não desagrega, em respeito a opinião.

Portanto ame e deixe o coração preparado,

para o verdadeiro amor chegar.

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 27/12/2006
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