TODOS AQUI

Competem e vencem, também perdendo, também mostrando uns aos outros como se deve fazer, ou não fazer, ou simplesmente como aprender sua ciência tão particular e patenteada. Aguardam e as coisas vêm em suas direções, como se soubessem que deve ser assim em qualquer lugar e em qualquer tempo, o seu, principalmente. Nem todo esforço vale, mas em suas verdades não há espaço para o que não podem, nem para o que não compreendem, fica somente a força nem tão bruta, mas nem tão digna assim... Precisando, qualquer um consegue o máximo de si, precisando, qualquer um deixa para trás velhas certezas, porque é assim que é e deve ser, senão a desesperança habitual engoliria seus planos antes de nascerem de suas mentes desparecidas do conceito da Terra, que agoniza por si só... Organismo em guerra consigo mesmo... Formigas ou cigarras, cordeiros ou serpes, irmãos que não pude conhecer por não terem nascido comigo, ou do mesmo lugar. Irmãos por escolha, minha, não deles. Por seu impulso, mais os movimentos acontecem, por sua lei eles são quase todos estudados, catalogados, roubados da natureza e assimilados, com seus números ou com suas letras. Pensam que é e acaba sendo, sonham e pela manhã, ao acordarem, podem ter força para fazer aquilo verdade, podem sentir que o mundo todo lhes pertence... E deve pertencer mesmo... Eles seriam a causa do meu desespero, mas pelo Amor insustentável que ainda tenho por eles eu me sujeito às suas nuances, aos seus logotipos e aos seus caracteres... Devo ser louco mesmo... Está explicado porque a relação com a solidão aqui é diferente... Eu não os quero mas não aguento ficar sozinho... Irmãos...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 24/10/2011
Código do texto: T3294548
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