O Fogão e o Gato!
Naquele fogão à lenha, onde fazia o meu pão,
Cada dia que eu o acendia, mais aquele fogo ardia,
Tanto que, a noite vinha e ele ainda fumegava,
Atraía-me para perto e o meu corpo esquentava!
No inverno o meu fogão,não se fazia de rogado,
Aquecia até o chão, onde dormia o meu gato,
Que de manhã me acordava, bem devagarzinho,
Ronronando aos meus ouvidos, tantos segredinhos!
Do meu gato eu não sei não, mas o fogo ainda é bom,
Quando a chama acende nele, a lenha queima como tição,
E tem gato que ali geme, quando se encosta ao fogão!
E o pão de cada dia, que aquele forno inda assa,
Mata a fome do meu gato e ele,dorme refestelado,
Quase morto estatelado, bem debaixo do meu fogão!