PRA MIM...
Aqui sem nada fazer
ou mesmo para fazer
fico na vida a pensar...
Houve tempo em que o
tempo não existia
de tanto tempo que precisava.
A loucura era extrema,
não pensar... Ir fazendo...
E em fazendo, de mim, nem lembrar...
As algemas dos prazos estabelecidos,
faziam do tempo o algoz mais temido.
De segunda a sexta-feira vida cronometrada.
Sábado e Domingo vida para a família...
Ah... Quantas vezes desejei
meia hora, só meia hora pra mim.
É pra mim, não para a mãe,
não para a esposa, não para a filha,
e muito menos para a Profissional...
Meia hora pra me soltar
pelo mundo inda não visitado e nem vivido,
que pelas gretas do tempo se espremia
e sedutor me sorria,
dizendo...Vem...Vem...
Ah...Como eu quis ir...
Meia Hora... só meia hora...
Pra mim.
Maria Emília Xavier