Sem licença para amar

Eu estava esperando meu príncipe encantado,

Montado em seu cavalo branco...

Me mandaram apenas o cavalo...

Mesmo assim, na crença do sapo que vira príncipe,

aceitei o cavalo e o tratei com carinho,

Não lhe pus rédeas, nem sela...

Esperava cavalgá-lo sem nenhum acessório,

Assim livre, assim calmo, apenas assim...

Às vezes a galope, às vezes mansamente...

Mas o cavalo não virou príncipe

E assim, em meio a coices e relinches

Machucada e desapontada

Deixei-o ir, em plena liberdade

Em busca do seu espaço

Para que pudesse do seu jeito ser feliz...

E quem sabe um dia, amanhecesse

e ele descobrisse que se por acaso quisesse...

Seria enfim um belo príncipe...

Sandra Ierich
Enviado por Sandra Ierich em 19/10/2011
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