Sem licença para amar
Eu estava esperando meu príncipe encantado,
Montado em seu cavalo branco...
Me mandaram apenas o cavalo...
Mesmo assim, na crença do sapo que vira príncipe,
aceitei o cavalo e o tratei com carinho,
Não lhe pus rédeas, nem sela...
Esperava cavalgá-lo sem nenhum acessório,
Assim livre, assim calmo, apenas assim...
Às vezes a galope, às vezes mansamente...
Mas o cavalo não virou príncipe
E assim, em meio a coices e relinches
Machucada e desapontada
Deixei-o ir, em plena liberdade
Em busca do seu espaço
Para que pudesse do seu jeito ser feliz...
E quem sabe um dia, amanhecesse
e ele descobrisse que se por acaso quisesse...
Seria enfim um belo príncipe...