desABAFO
Inspiro vontades empoeiradas, não reconheço mais a realidade em posse,
Tusso os fatos, a imaginação é um vírus, minha gripe de ser pretérito.
Quero acordar da camada rotina, morada amuada; dos concretos fugir.
Inspiro os mundos de muros
enquanto
expiro
imundas
gotículas
químicas
que entopem meus poros, superfícies éticas incrustadas.
quero voar do laboratório de gentes
quero fluir de estado líquido e ser gás desmanchando no ar,
acima da superfície de crenças programadas,
quero que o automatismo de ser imploda
e renasça em ser contínuo
quero respirar o Novo de novo.