Improviso.

Acho mais feminino. Melhor quando a presença não é confirmada. Quando o improvável é que vai guiando e quando a gente vê, viveu!

O improvável é mais saboroso. Admito, ele acaba me conduzindo, o que é um paradoxo eu sei. É que eu mudo de ideia ao fazer a curva e a vida fica bem mais atraente. Porque muita coisa me interessa. O que não conheço especialmente.

Ah... o inesperado... tão inseparável do destino, unido só pelo fio tentador do anseio pelo novo.

Só o novo faz voar as borboletas adormecidas no estômago.

Vontade nova.

Tudo de bom.

E aí escrevo um e-mail. Telefono. Boto um bilhete embaixo da porta. Convido só pra dançar, mais nada. E se de repente me escapar um “eu te amo”, vai ser pelo puro prazer de dizer algo novo. Porque, sim, certamente naquele momento estarei amando! e com todas as minhas forças.

Naquele momento.

Só.

Talvez eu esteja amando mais a mim mesma mesmo.

Como explicar isto?

Esqueci. Não vais entender. Melhor é fecharmos a porta do carro e dobrar a primeira esquina. Ver aonde vai dar. Viver o momento perfeitinho que se apresentar.

Amar mais uma vez mais a si mesmo.