Somente ele...
Eu olho em seus olhos, admito! Não sobrepujo,
Evito permanecer próxima para não atarracar meu domínio
Mas seu zoom detém-me do canto de onde está
E impregna-me numa viagem em que perco o juízo.
Tento agarrar, mas as paredes são lisas,
Não há galhos, apoios, colunas, braços que me apanhem,
Não há nada que faça esquivar-me de seu magnetismo.
Descubro que não quero escapar,
Entendo que desejo igualmente aproveitar...
No entanto não anseio ouvir os seus versos,
Almejo somente contemplar a ocasião,
Padecer no seu encanto.
Sua carne me envolve,
Seu corpo me domina,
Sua voz não sai de mim,
Seu abraço me aquece,
Seu cheiro me enlouquece,
E quanto mais eu quero,
Mais ele me esquece.