O PIO DA CORUJA...
Gutural grito, no peito, dor lancinante,
repúdio do prazer, neste cio, castrado,
orgásticas sensações, à todo instante.
E dor na repressão do mel derramado.
Corre feito rio, nas entranhas, em fúria,
procurando a vazão, qual animal ferido.
Geme e se defende, da própria luxúria,
Estático, acuado, toca o ponto referido.
contorcido, expele, é alívio angustiante...
Pena,entre o remorço, e o prazer obtido,
no frio que percorre a seiva abundante.
Amanhece, quando cala o pio da coruja.
Jorra do corpo esquálido, cio intumescido,
corre entre a pele e os pelos, a seiva suja...