Aquela Voz...
AQUELA VOZ...
O silêncio e a ausência: sinfonia desconcertante, que não se sabe bela, mas parece eterna...
O tempo da palavra que está presa na garganta, não passa e grita tanta falta...
Falta do som bom daquela voz que toca as cordas da harpa da alma...
Só aquele som alegra, conforta e acalma, simplesmente ao dizer palavras tão comuns, tão simples e iguais...
Mas a sinfonia do silêncio dói e nada seria tão bom quanto ouvir o som daquela voz...
... E toda a dor atroz se aplacaria, porque o universo também reverenciaria o som daquela voz...
Quem sou eu, poeira do universo, para descrever em prosa ou verso essa doce harmonia...
Mais parece o harpejo de um anjo, que sente a súplica silente, de um mortal no orbe terrestre...
E usando um fio condutor, para se fazer mais humano, e não constranger a pobre criatura, diz alô, lá do céu, e aqui na terra rompe-se o véu, da ausência e do silêncio, que se afastam em reverência, ao poder encantador daquela voz...