loirameuamor

Assim, uma frase palavra.

Loirameuamor!...

Porque te amei?

Porque te amo?

porque te amerei sempre?

Es escárnio dos meus dias, sangue fugitivo de minh'veias

Minha sereia monstro de garras afiadas.

E mesmo assim, cravando suas unhas na tenra tez de minha poesia, te amo.

E mesmo assim, quando suas mandíbulas cravam os caninos nos meus poemas de cálçio [inda fortes], se tornam fraço diante de sua voracidade em extrangular meus sonhos, te amo.

Sendo eu sangue, sendo eu massa pastosa, carne podre, ossos quebrados, olhos arrancados da órbita ocular, ainda te olham, te olham sem parar...

Pare!... Maldita Múnia que petrifica meu coração

Para outros corações.

E ao meu pedido, não pára,

Sorri,

E a sua malidicência escancara.

E meus olhos esbugalhados [fora da órbita ocular ainda] anseia tocar sua carne branca, alva, perfumada - camuflagem de vermes horrendos, que só querem roerem os restos da minha disforme figura.

Assim,

Esbeltamente carregada de espinhos você se aproxima,

Eu suspiro, até que suas botas esmagarem meus olhos mais uma vez.

Abandonado na solidão da dor de um amor ignóbil, meus olhos cegos, cegos, mesmo assim, te admiram,

Loirameuamor...

Porquê?

Menelau
Enviado por Menelau em 14/10/2011
Reeditado em 14/10/2011
Código do texto: T3276216
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