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DEVANEIO
Deixa na pastagem êstes teus silêncios,que solidão é grama...
[disfarçada]
Enraíza à alma,fere o coração.
Vamos cavalgar poeirentos caminhos,que além das colinas luzem as aldeias,flores e varandas,moças nas janelas...
Deixa estas palmeiras a fuxicar melindres...Num  pranto  de potreiro chorar  a  tua  ausência.
[Elas sonharão o teu retorno]


Corra  contra  o  vento que entoa cantigas,traz sutis  recados de  outras  paragens.
Vê, quantos  afagos nestas  tenras  hastes!Leves,delicadas...Alvuras  ao  leito da  mãe  natureza.Encobrem-lhes macios os  lençóis  de aragem.
[Tão  frágeis  donzelas,quase imaculadas!]
Vamos!...Nas  sobras  do  dia,  a tarde  nos  pertence.
Em nossas veredas canta a gralha azul.
O cheiro das pinhas  nos traçará os rumos
Por estas paisagens com gosto de Sul

Vamos!...Num galope mágico
Beber  destas  águas as  poções  de  Yara e ,então  refeitos...
Vamos!
Buscar aventuras em outras aldeias
Forasteiros livres,garimpando olhares
Sonhos e amores  em terras alheias
E  ainda  que tudo seja  um  devaneio
Terá valido a pena êste louco passeio