Minhas regras/Minhas prioridades
Quando convenci a mim mesma que não me apegaria mais a coisas pequenas, os detalhes que compõem tudo o que eu sou se desesperaram. Mas não sabiam eles, que me referia àquilo que não é significativo, não pelo tamanho, mas pela capacidade de merecimento. Merecimento de meus olhos, de meu calor, minha atenção, meu cuidado... de meu amor.
Passei a agregar valores em função desta escala de mérito. Defini prioridades e organizei da maneira, aparentemente, mais justa. Tudo isso porque acho que o foco é tão importante quanto a atenção destinada. Minimizar erros e desperdícios nunca foi muito meu tipo, mas quando se trata de segundos e terceiros, a precisão se torna fundamental.
Sendo excessiva e expansiva como costumo ser, é uma decisão que, a princípio, parece fácil. Mas eu sei o quanto me é árdua a filtragem dos por menores da vida. Porque eu também sou apaixonada por eles, pelos detalhes. Porque o prolixo usa a audácia e o atrevimento pra me seduzir e, geralmente, acaba me introduzindo num jogo ardiloso. E... talvez numa tentativa de amadurecimento, estou começando a achar que devo fazer com que os riscos não pareçam mais tão atraentes e que devo estreitar meus laços com a segurança, e por essa não me vê com bons olhos, será uma tarefa difícil ganhar sua confiança.
Com tantas metáforas e paralelismos eu tento atenuar a força e a quase violência com que certas decisões vêm chegando até mim. É duro optar pelo certo, porque às vezes, o tal ‘certo’ simplesmente não nos serve, não é o bastante (nem tão divertido quanto o duvidoso...). Mas por enquanto, estou por aqui, não só em cima dos muros, mas dos dois lados, em coerência e, ainda, em harmonia.
"Não é que eu não goste de regras... eu gosto é de me despedir delas."