ALGUMAS DICAS A QUEM ESCREVE (8)

Conforme temos repetido no início de cada texto: Pra começo de prosa, não espere regras, como num manual; mas, a idéia de quem está aprendendo a fazer (escrever), fazendo (escrevendo)...

Querendo ou não, se você escreve alguma coisa e, se outras pessoas irão ler o que você escreveu – VOCÊ NÃO ESCREVE APENAS PRA SI MESMO... É preciso escrever pra ser entendido também por outras pessoas... Em meu achômetro existe gente que, certamente, escreve na perspectiva que apenas ele (ou ela) mesmo irá ler (o que escreve) não fosse assim, teria mais cuidado com o que diz (ao escrever)...

Não me refiro a parte da ortografia ou concordância verbal (e nominal), mas a questão do assunto mesmo – aparentemente teria muita dificuldade em formar idéias e, geralmente às formula de forma truncada (ou ininteligível)...

Vale salientar que, não estamos querendo supor que o escritor seja alguém erudito (pai da matéria)... Estamos sim, dizendo que se a pessoa não escreve apenas pra si mesma, se faz necessário escrever de forma a ser lido e entendido por quem tiver acesso ao texto...

Por exemplo: Alguém resolveu escrever sobre a própria vida em versos, colocando isso como título do livro... Algum tempo depois de publicar o livro ficou frustrado porque a maioria das pessoas não demonstrou interesse em ler seu livro...

Refletindo sobre essa questão (não receber reconhecimento ao escrever um livro), pensei sobre alguns princípios envolvidos: Conforme o texto PRINCÍPIOS DE UM ESCRITOR (prosa poética postada em 12/09/2009), é possível considerar três princípios gerais:

PRIMEIRO – Não se deve escrever por dinheiro (pra ganhar dinheiro)...

SEGUNDO – Não se deve escrever esperando reconhecimento imediato pelo que escreve...

TERCEIRO – Seja consciente sobre o contexto (tempo e lugar onde está) – SOMOS AUTORES E ATORES DA HISTÓRIA EM NOSSO TEMPO (esta frase foi produzida, na troca de idéia com a recantista Dulce Alves)...

PRINCÍPIOS DE UM ESCRITOR, sim...

Faz-se necessário que o escritor siga princípios gerais ao invés de escrever como fruto do acaso... Por exemplo: Por mais que sejamos independentes, quer se queira ou não, é necessário vincular o que se escreve às regras gramaticais... Esse negócio de colocar no papel tudo o que vem a mente, sem refletir sobre as idéias, é romântico demais e pode colocar um fim nos melhores propósitos... Geralmente, quem fica pela estrada da vida, não quis submeter–se a princípio algum e, assim, vivendo sem princípios capotou nas curvas da estrada...

Aparentemente o título de uma obra não teria tanto a ver com o conteúdo... MAS, como o leitor irá se interessar em ler algo que não lhe desperte interesses???

Pode até alguém pensar diferente, mas a maioria dos leitores será despertada pelo título da obra... Sem querer puxar brasas pra sardinha, a primeira vez que publiquei um livro, senti que, poderia escrever sobre críticas sociais, mas se quisesse despertar o interesse dos leitores (considerando que ainda era um autor desconhecido grande público) e, considerando que era necessário (também) conquistar leitores desconhecidos teria que enxertar algum ingrediente nas críticas sociais – assim, nasceu a idéia de escrever em forma de anedotas...

Uma vez que, defini o estilo literário, o título parecia fácil... Mas, poderá não ser... Matutando sobre a questão, lembrei que aqui no sertão, muita gente assiste a hora da ave maria e, durante o programa, tem uma frase a ser repetida: ROGAI POR NÓS... Se o livro tinha a ver com humorismo, nada como chama–lo de GOZAI POR NÓS...

ASSIM, a idéia deu certo e o livro cumpriu todas as metas, ao contrário do autor a que fiz referência que começou falando sobre: SUA VIDA EM VERSOS... PORTANTO: Escrever é uma arte da arte de viver e, dia–a–dia, será possível ir se deixando lapidar, para que, tanto a emoção quanto a razão sejam como duas paralelas se mútuo completando...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 10/10/2011
Código do texto: T3268854
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