ESPERA
Quem me dera
Fosse o dia amanhã, que ainda não nasceu,
Tomado pela multidão em completa algaravia.
Se assim acontecer, garanto,
Novos tempos estarão à vista.
E todo aquele,
Mesmo que tampe os olhos,
Não poderá deixar de escutar
Os cânticos daquela feliz balbúrdia.
Quem me dera,
Nada mais peço senão apenas isso,
Que ao chegar amanhã,
Eu acorde e veja que assim é,
E não que fora apenas um sonho,
E não saia à rua e veja que nada mudou.