A POLÍTICA COMO FARSA E A TÁTICA COMO MEIO (A partir da Teoria da Revolução Permanente, de Leon Trotsky)
Há nos caminhos pegadas
Daqueles que não cederam aos feitiços
Da cadeira imperial.
E não confabulando planos às costas
Da massa que santifica a luta,
Combateram, com sangue e lágrimas,
O golpe que se conspirava e seria fatal.
A luta, que há todos um dia uniu,
Fortaleceu forças que se pensava vencida,
E nos corações brotaram a chama da esperança
E novos sonhos puderam ser sonhados.
Contudo, como nem todos os dedos são iguais,
Desejos outros, que não aquele sonhado em coletivo,
Nasceram; e seus representantes,
Porta-vozes e sedosos por postos direcionais,
Levantaram vozes em defesa de nefastas ideias.
Não vencerão!
Não sairão ilesos se tais projetos forem avante levados,
Pois, ainda que da massa só queiram concordância,
Saibam que quem da massa se aproveita,
Não se diferencia dos bandidos que do trono ajudou a retirada.
À luta, bravos combatentes.
À luta, irmãos de ofício e de outras empreitadas.
Façamos da praça nossa trincheira
E execramos, na mesma praça onde travamos sangrentos combates,
Aqueles que não honraram o espaço conquistado.
A história nos legou brilhantes exemplos,
Porém, não negamos falhas quiçá ocorridas.
E se a história nos orienta, é para que evitamos
As mesmas premissas.
Então, se assim é,
Mais do que repetir exemplos falhos,
Digo que se trata de simples má fé.
À luta, bravos combatentes.
À luta, irmãos de ofício e de outras empreitadas.
Façamos da praça nossa trincheira
E execramos aqueles que não honraram o espaço conquistado.