AS CHUVAS CHEGARAM E COM ELAS O VERDE.
Pingos do céu. Da terra a chuva molha a face ressecada. Voam as folhas secas ao soprar da ventania na relva agitada. Caem as pétalas das flores. E os colibris, bailando, agitam as cores e abrem as asas com outros pássaros, trêmulos de frio e de espanto.
Raiam no horizonte, sob o cinzento manto das nuvens, os clarões repentinos dos relâmpagos. Amedrontado, o sol se esconde. E a natureza traz, não sei de onde, uma negra mortalha que se espalha escurecendo a tarde. Com a tempestade vem a noite intempestiva e a lua se esquiva.
Chora o céu. Suas lágrimas vertidas banham a terra e revigoram a verde relva orvalhada.
Fria, a longa noite acorda com o sussurro nos pombais. E as borboletas, soltas nos quintais, pousam nas flores e novas cores principiam um novo dia. Rebrilha o sol sobre a calçada ainda molhada e no jardim se abre um carmim na planta gotejada.
Azul é o céu. Longo é o seu véu de nuvens alvejadas onde, invisíveis, as estrelas pontuadas cedem ao sol o matinal espaço. E o chão recebe um verde tapete com laço, ramos e flores do planalto. E olhando a natureza, de alegria salto. Pois que na vida nem tudo se perde, se as chuvas chegam e com elas o verde.
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http://www.youtube.com/watch?v=rgRgYpue5zQ
Na foto abaixo vê-se ao fundo, à direita, o Tribunal de Justiça do DF.
À esquerda o Ministério Público do Distrito Federal.
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