PAIXÃO INDEFINIDA.

 

 

 

 

 

I-                   Meu amor é feito de névoa. E de alma alada e ferida voa na brisa ao sabor do teu encanto misterioso.

II-                A fúria do brasão que ostentavas no peito, era o meu rubro amor incandescente e que estava imanente nele.  E assim, prostrava-me ante a tua desconhecida beleza.

III-              Fui um bólido perdido que, interpolou-se candidamente na tua nebulosa espetacular, naturalmente incrustada de belas estrelas.

IV-            O teu sorriso era inefável e se fecundou em ti, a simpatia de Clavson, com aquela chuva artificial que nos encantava.

V-               As azáleas brindavam à nova estação e, de pronto, se fazia uma primavera num passeio rústico, numa primitiva carroça.

VI-            Eras o meu encanto, e naqueles momentos todas as ternuras em ti se acumulavam. Evidentemente, relampejavam os primeiros sinais aparentes de uma paixão nascitura.

VII-          Tudo era possível naquele momento. Era inevitável o encontro íntimo e, de tantos beijos persistidos, abundavam ainda mais as carícias. E neste enleio, o meu amor naufragou-se em ti de forma brusca e irreverente.

VIII-       No primeiro encontro mais do que íntimo, comungávamos sem culpa o doce mel do prazer, levando-te ao vale do orgasmo perfeito e indizível. Foi o primeiro e o único.

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 23/12/2006
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