ALGUMAS DICAS A QUEM ESCREVE (6) ...

Começamos esta série de textos dizendo que (e continuamos pensando): Pra começo de prosa, não espere regras, como num manual; mas, a idéia de quem está aprendendo a fazer (escrever), fazendo (escrevendo)...

Querendo ou não, se você escreve alguma coisa e, se outras pessoas irão ler o que você escreveu – VOCÊ NÃO ESCREVE APENAS PRA SI MESMO... É preciso escrever pra ser entendido também por outras pessoas... Existem pessoas que certamente escrevem na perspectiva que apenas elas mesmas irão ler (o que escrevem) não fosse assim, certamente, teriam mais cuidado com o que dizem...

Não me refiro a parte da ortografia ou concordância verbal (e nominal), mas a questão do assunto mesmo...

Por exemplo: Um assunto muito utilizado é a questão do amor entre duas pessoas (masculino x feminino)... É como se uma estivesse falando pra outra (e não pra um universo de leitores)...

Tem sido comum encontrar textos dizendo: Meu amor, sem você não volto... Ou então: Meu amor, o meu sangue por tigela... Coisas como aquela brincadeira com o nome de filmes que fazíamos quando crianças: A Volta dos que não foram; As tranças do rei careca; Poeira em alto mar, etc...

Como dizia o chefe da empresa: Tenha a santa paciência...

ASSIM, se você quer escrever suas idéias as quais outras pessoas poderão ler, se fazemos parte da sociedade humana, e, se o que pensamos (e escrevemos) hoje poderá continuar edificando a vida de futuras gerações, é possível melhorar o que escreve...

LEMBRE SEMPRE QUE, uma coisa é tentar agradar alguém porque irá patrocinar o livro... E, outra coisa muito diferente é considerar que o leitor (independente de nível sócio–econômico e cultural) deve ser respeitado pelo escritor...

Com o devido respeito por cada leitor (que está lendo este texto e, que també gosta de escrever), direi: Não interessa ao leitor saber sobre uma dor de cotovelo do escritor... Podemos conversar (por e-mail, depoimento, etc), sobre as frustrações na estrada da vida... AGORA, em meu achômetro colocar tudo pra todos é faltar um pouco com a consideração por quem irá ler... Certamente, foi por razões assim que aquela pessoa que escreveu sua vida em versos (citada no primeiro texto da série) não obteve êxito sobre o que escreveu (tanto que acabou um pouco frustrado com a falta de reconhecimento do público leitor) – Afinal, se era um ilustre desconhecido, a quem interessava saber se batatinha quando cresce se esparrama pelo chão???...

Através da poesia é possível transformar o pranto em riso e a tristeza em poema, desde que queiramos fazer isso... MAS, isso através da arte. Por exemplo: O cantor Roberto Carlos, ao longo da vida, transformou em música as dores, os altos e os baixos de amores... Mas, creio que você não vai imitar o exemplo dele (por imitar)... Talvez não dê certo... Afinal, muita gente sofre por paixões mal resolvidas...

Lembro que certa vez, tentei falar sobre um insucesso nessa área e, disse que a vida parece água escorrendo por entre os dedos – A gente sabe o que ocorre, mas não consegue segurar o que acontece... Certamente, o texto foi assimilado por muitos leitores, mas, evitei dizer que havia relatado um pouco de um amor que passou...

Portanto, repense o que está querendo escrever e, coloque uma boa pitada de tempero na sua veia poética...

ATÉ O PRÓXIMO TEXTO DESTA SÉRIE...

Chagas dhu Sertão
Enviado por Chagas dhu Sertão em 06/10/2011
Código do texto: T3260390
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