MEMÓRIA

Inspirado no poema:

Voando sobre as borboletas

do poeta/amigo

FERNANDO A FREIRE

MEMÓRIA

Chego naquela escrivaninha

Começo a ler um poema novo

De um recantista/amigo recente

Um belo tema repleto de natureza..

E então a leitura me faz lembrar

Tempos idos...além mar..

Um poema que ficou

Marcado, tatuado em meu ser

E eu então me recordo

Os belos versos, a imaginação

Do autor francano*

A nos fazer pensar sobre a orfandade..

Uma ausência que se guarda

dentro d'alma...uma falta

de um amor, de um querer..

que se perdeu? se distanciou?

ou nunca existiu?

E o soneto vem, aflora, quase inteiro

E com ele uma época, um estágio meu

Uma crisálida prestes a se tornar borboleta..

Então volto à minha realidade

às minhas asas, aos meus vôos

essa missão de escrever e ser feliz...

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DE PAZ

Josaphat Guimarães França*

Minha pobre orfandade não se junta

Àquela em que a força do destino

Deixou um dia um filho pequenino

E numa cova rasa a mãe defunta

Se a minha eu a senti desde menino

Não me pergunte nunca essa pergunta

Unta-me os olhos de saudade e unta

Meu coração daquele amor divino!

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Só no fundo de nós pode tranquila

Ganhar a sua paz a alma humana!

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vou pesquisar e trago o soneto completo aqui

é muito lindo!

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/10/2011 17:37 - Fernando A Freire

Muitíssimo honrado por teres passado em minha escrivaninha e pinçado versos do poema "Voando sobre as borboletas". Aí... te emocionaste, como poetisa e como criatura humana solidária. Sinto-me culpado por haver atiçado tua memória. E te peço perdão... Essa relação de causa e efeito não é exclusividade da física. Também a vemos na psique. E vou adiante. O poema ou o tema que te tocou, o fiz hoje, pela manhã, igualmente inspirado em duas causas: a primeira foi o belo acróstico de Fernanda Xerez, de ontem, que também me tocou; depois, foi a minha falta de tato para uma resposta veraz a uma criança. Ela me diz conhecer muitas histórias ficcionais e a nossa explicação sobre a origem real da borboleta é, pra ela, mais uma ficção... Quer uma resposta real!!!!!... Um dia ela vai ver./// Quanto ao teu comentário, quero dizer que a lagarta, se a ouvíssemos, sempre sonhou voar como os pássaros. Acomoda-se, entretanto, com o seu destino de rastejante, vida tão deplorável que até aceita construir o seu próprio casulo (digo, túmulo). Prefere a morte. Ela sofre, agoniza e morre. Por fim, renasce para viver uma vida conforme sonhara. Voando como os pássaros. Beijando e sobejando as flores. Ostentando no seu corpo (asas) tatuagens de diversas cores. Não mais consome o verde das florestas, mas faz o replantio dos pomares e dos jardins. Que assim seja a humanidade, necessitada sobremodo, de olvidar o sofrimento dos seus tempos de casulo./// Estou no aguardo dos quatro versos que completam o poema "Orfandade?", de Josafah Guimarães França./// Meu abraço cordial.

Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 04/10/2011
Reeditado em 05/10/2011
Código do texto: T3257562
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